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Brasil e China firmam acordo para estudar ferrovia bioceânica que ligará o Peru ao Brasil

Por G1 09/07/2025 10h10 - Atualizado em 09/07/2025 14h02
Brasil e China firmam acordo para estudar ferrovia bioceânica que ligará o Peru ao Brasil
Imagem ilustrativa - Foto: Reprodução

Os governos do Brasil e da China assinaram nesta segunda-feira (7) uma parceria para permitir a ligação entre o território brasileiro e o porto de Chancay, no Peru, a fim de facilitar as exportações para a Ásia, especialmente para a China, reduzindo o tempo de transporte e os custos.

O projeto inicial prevê que a ferrovia vai sair da Bahia, passará pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, até chegar ao Peru. Ainda não há estimativas em relação ao custo da ferrovia, o que será orçado durante os estudos.

Do lado brasileiro, o chamado memorando de entendimento foi assinado pela Infra S.A - empresa, vinculada ao Ministério dos Transportes-, e, pelo lado chinês, foi assinado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Econômico China Railway.

A cerimônia ocorreu de maneira virtual. Na sede do ministério, em Brasília, estavam integrantes do governo e da embaixada da China. Os representantes do instituto chinês participaram por videoconferência.

Projeções do governo do Peru dão conta de que é possível reduzir de 40 para 28 dias o tempo necessário de deslocamento da carga entre os dois continentes. O porto de Chancay foi financiado pelo governo chinês e inaugurado em 2024 pelo presidente Xi Jinping. O porto integra a iniciativa "Cinturão e Rota", conhecida como "Nova Rota da Seda". O governo brasileiro não aderiu formalmente à iniciativa — que prevê investimentos chineses na área da infraestrutura em vários países do mundo.

Recentemente, líderes de países da América Latina se encontraram com Xi Jinping na China para tentar aproximar a região dos investimentos chineses.

O entendimento do governo Lula é que, como a China já é o principal parceiro comercial do Brasil e já faz volumosos investimentos no país, não há necessidade de adesão formal à Nova Rota da Seda.

Além disso, Brasil e China integram grupos multilaterais que permitem a discussão de parceria econômica, a exemplo do Brics.

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