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Pesquisa financiada pelo Governo de Alagoas contribui para prevenção e tratamento de diabetes

Laboratório de palmilhas 3D implantado na Casa Fecha Feridas visa reduzir amputações em até 50%

Por redação com Agência Alagoas 16/04/2025 09h09 - Atualizado em 16/04/2025 15h03
Pesquisa financiada pelo Governo de Alagoas contribui para prevenção e tratamento de diabetes
. - Foto: Reprodução

Uma pesquisa inovadora, financiada pelo Governo de Alagoas, pretende contribuir para o tratamento de pacientes com diabetes no estado. A iniciativa utiliza impressoras 3D para produzir palmilhas personalizadas, com o objetivo de prevenir lesões nos pés diabéticos e, consequentemente, reduzir significativamente os índices de amputações.

O projeto já está em funcionamento na Casa Fecha Feridas Prof. Isaac Soares de Lima, recentemente inaugurada no bairro do Trapiche, em Maceió. O espaço, vinculado à Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), representa um marco no atendimento de saúde no estado, ao integrar ensino, pesquisa, extensão e assistência.

Segundo o coordenador da unidade, o médico angiologista e cirurgião vascular Guilherme Pitta, a meta é reduzir em 50% o número de amputações relacionadas ao diabetes, especialmente na capital. “O pé diabético apresenta deformidades que causam pressão irregular em certas áreas, resultando em ulcerações, geralmente nas calosidades ósseas. As palmilhas 3D redistribuem essa pressão, protegendo os pontos sensíveis e evitando o surgimento de feridas. Com isso, esperamos diminuir os casos de amputações”, explicou Pitta.

De acordo com o médico, cerca de cinco mil pacientes em Alagoas convivem com feridas provocadas pelo pé diabético — um quadro clínico grave que, se não tratado adequadamente, pode levar à morte.

A estrutura da Casa Fecha Feridas é composta por laboratório de palmilhas 3D, sala de Telessaúde, setor de curativos e procedimentos, dois consultórios (podólogo e vascular) e uma câmara hiperbárica. A unidade tem capacidade para realizar cerca de 200 consultas e 400 curativos mensais, além da produção média de 50 palmilhas.