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Lula reduz em 2,7 milhões o número de beneficiários do Bolsa Família
Governo atribui queda a aumento de renda e pente-fino em cadastros irregulares
 
                O número de famílias atendidas pelo Bolsa Família caiu de 21,6 milhões em dezembro de 2022 para 18,9 milhões em outubro de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. A redução representa cerca de 2,7 milhões de beneficiários a menos, o que configura o menor número desde julho de 2022.
De acordo com o governo federal, a diminuição é resultado de dois fatores principais: o crescimento da renda familiar em algumas regiões e a revisão de cadastros para identificar irregularidades. Desde o início do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ministério intensificou o chamado “pente-fino” para excluir do programa famílias que não se enquadram mais nos critérios de elegibilidade.
A atualização do Cadastro Único (CadÚnico), feita em março deste ano, também passou a cruzar dados de renda de forma automática, o que contribuiu para a exclusão de beneficiários que não comprovam situação de vulnerabilidade.
A redução foi observada em todas as regiões do país. O Nordeste e o Sudeste concentraram as maiores quedas, com cerca de 1,1 milhão de famílias a menos cada. No Sul, o recuo foi de 181,4 mil; no Norte, 159,4 mil; e no Centro-Oeste, 157,4 mil famílias deixaram de receber o benefício.
Apesar da diminuição no número de beneficiários, o valor médio pago pelo programa aumentou nos últimos anos. Em outubro de 2025, o benefício médio foi de R$ 683,42, enquanto em dezembro de 2019 era de aproximadamente R$ 191,77. O custo total do programa em outubro foi de R$ 12,9 bilhões.
O Bolsa Família é considerado uma das principais políticas sociais do governo Lula e passou por reformulações desde que substituiu o Auxílio Brasil, retomando exigências como a frequência escolar e o acompanhamento de saúde das crianças.
 
            
