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Autor da facada em Bolsonaro fará novo exame para medir periculosidade

Adélio Bispo fará exame para avaliar se ainda representa risco à sociedade e pode deixar a prisão. Ele está detido em presídio federal

Por Metrópoles 08/10/2025 13h01
Autor da facada em Bolsonaro fará novo exame para medir periculosidade
. - Foto: Reprodução

Adélio Bispo, de 47 anos, autor da facada no então candidato à Presidência da República em 2018, Jair Bolsonaro (PL), passará, nos próximos dias, por um novo exame psiquiátrico que vai avaliar se ele ainda representa risco à sociedade.

Conforme apurou o Metrópoles, diretores do Presídio Federal de Campo Grande devem receber uma equipe de dois psicólogos encarregada de conduzir o exame, que servirá para medir o nível de periculosidade de Adélio. A avaliação deve responder se ele continua apresentando transtornos mentais e se ainda é considerado perigoso.

O resultado do laudo também vai indicar, caso seja mantida a medida de segurança, em quanto tempo ele deverá ser submetido a uma nova reavaliação. A depender do quadro clínico, o algoz de Bolsonaro pode ser transferido para um hospital de custódia — unidade psiquiátrica destinada a pessoas que cumprem medidas de segurança.

Mas, se o parecer apontar que Adélio não oferece mais risco, o caminho tende a ser outro: a libertação. Como ele não cumpre pena, e sim medida de segurança, a eventual alta significaria o retorno à liberdade, com a possibilidade de acompanhamento ambulatorial, se assim for determinado pela Justiça.

A segunda opção, segundo agentes ouvidos sob reserva e conforme apurado pelo Metrópoles, é considerada remota, pois depende de decisão judicial — e magistrados têm optado por manter a ordem pública. Além disso, relatórios indicam que a saúde de Adélio teria se deteriorado ao longo dos anos de encarceramento.

Adélio vive isolado e tem recusado até os banhos de sol. Em julho deste ano, um episódio chamou a atenção: ele também se negou a tomar os remédios prescritos para o transtorno delirante persistente.

O prontuário médico de Adélio é mantido sob sigilo pelas autoridades. A Polícia Federal (PF), durante o governo Bolsonaro, chegou a tentar obter acesso aos documentos, em meio ao processo eleitoral, mas o pedido foi negado.