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Influenciadora e ex-PM são acusados de integrar esquema milionário de rifas fraudulentas em Maceió

Por Redação 06/10/2025 10h10
Influenciadora e ex-PM são acusados de integrar esquema milionário de rifas fraudulentas em Maceió
ex-policial militar Kleverton Pinheiro de Oliveira - Foto: Reprodução TV Globo

Uma investigação do Ministério Público apontou a influenciadora digital Laís Oliveira, que possui cinco milhões de seguidores, como uma peça central em um esquema de rifas ilegais. De acordo com as autoridades, a quadrilha fraudava sorteios, reservando os bilhetes premiados para si e lucrando milhões de reais às custas de apostadores que compravam números sem chance de ganho.

Conforme os investigadores, Laís Oliveira recebeu quase R$ 1 milhão entre janeiro e abril de 2024 de uma empresa ligada ao ex-policial militar Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti. No mesmo período, o marido dela, o criador de conteúdo Eduardo Veloso, recebeu R$ 456 mil.

O casal foi preso em Fortaleza em dezembro de 2023, mas foi liberado dias depois. Em nota, a defesa de Laís e Eduardo nega as acusações e afirma que a atuação deles se limitou a "serviços de publicidade".

Kel Ferreti, que já havia sido expulso da Polícia Militar por um crime eleitoral, foi preso na "Operação Trapaça" e posteriormente condenado por estupro em primeira e segunda instâncias, com pena inicial de 10 anos de reclusão. Sete meses depois, em agosto de 2025, a Justiça reduziu a pena para 8 anos e autorizou que ele cumpra o regime semiaberto em casa, com o uso de tornozeleira eletrônica, devido à falta de vagas em presídios adequados em Alagoas. A única restrição imposta é que ele não se aproxime a menos de 500 metros da vítima.

A defesa de Ferreti afirmou que ele não é dono de plataformas de apostas, atuando apenas na divulgação, e nega as acusações de estupro, informando que irá recorrer. A investigação aponta que o ex-PM movimentou R$ 33 milhões com os jogos ilegais.