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Mortes por bebida adulterada com metanol acendem alerta em São Paulo
Casos em diferentes cidades paulistas já deixaram vítimas fatais e mobilizam autoridades de saúde e polícia para conter a venda clandestina.
Em menos de três semanas, duas pessoas morreram e outras sete foram hospitalizadas em cidades de São Paulo após consumirem bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. As ocorrências foram registradas entre os dias 1º e 18 de setembro, envolvendo vítimas em Limeira, Bragança Paulista e na capital paulista.
A Polícia Civil abriu inquéritos em diferentes distritos para investigar os casos. Em São Bernardo do Campo, a morte de um homem de 38 anos está sob análise do Instituto Médico Legal. Já na capital, o 48º Distrito Policial apura uma possível intoxicação relacionada à ingestão de bebida contaminada, coletando depoimentos e aguardando laudos periciais.
O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado confirmou seis casos de intoxicação desde junho, sendo dois fatais, e monitora outras dez suspeitas somente em São Paulo. O órgão reforça que bares e consumidores devem ter atenção redobrada quanto à procedência dos produtos, evitando bebidas sem rótulo, lacre ou selo fiscal.
O metanol, responsável pelas intoxicações, é um álcool de uso industrial altamente tóxico para o consumo humano. A substância pode causar náuseas, dores abdominais, cegueira e até a morte. Embora essencial em setores como a produção de biodiesel, tintas e solventes, seu uso em bebidas é ilegal e extremamente perigoso, representando risco grave à saúde pública.

