Um abaixo-assinado que já reúne mais de 400 mil assinaturas ganhou destaque nesta terça-feira (17) no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Parlamentares e apoiadores se reuniram para protocolar oficialmente o pedido de cassação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em um ato que unificou frentes políticas anteriormente separadas. A entrega do documento foi feita ao presidente da Câmara, Hugo Motta, pelo líder do PT, Lindbergh Farias, e pela deputada Fernanda Melchionna (PSOL).


Durante o evento, parlamentares criticaram a permanência de Eduardo Bolsonaro no cargo, alegando que ele teria cometido crimes contra a pátria enquanto nos Estados Unidos. Também foi questionada a sua liderança na bancada da minoria, apesar das frequentes ausências em sessões. Fernanda Melchionna anunciou a renúncia à sua própria liderança, afirmando que a responsabilidade agora recai sobre o deputado: “É um escândalo ele continuar como deputado fantasma, recebendo recursos públicos para se candidatar novamente”, disse.


Lindbergh Farias destacou que a pressão não ficará restrita ao ato. O grupo pretende acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) e prometeu levar semanalmente a cobrança pela cassação ao plenário da Câmara. “Não vamos esquecer. Toda semana vamos cobrar a cassação de Eduardo Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro, cassado já!”, declarou.


O movimento segue com ações de mobilização popular, incluindo novas coletas de assinaturas e protestos, reforçando o esforço unificado de diferentes frentes políticas para pressionar pela perda do mandato do deputado.