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União dos Palmares Realiza a Primeira Conferência de Políticas de Mulheres Palmarinas

Nesta sexta-feira, a cidade de União dos Palmares realizou um momento histórico: a Primeira Conferência de Políticas para Mulheres Palmarinas. O evento teve como objetivo discutir ações concretas para fortalecer os direitos das mulheres, combater a violência doméstica e promover a igualdade.
A conferência reuniu mais de 300 mulheres de diferentes perfis e vivências, como mulheres negras, com deficiência, LBTs, mães atípicas, do campo e da periferia. A ideia foi criar propostas que possam virar ações dentro do plano de governo, como a criação de uma Secretaria da Mulher e de um Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Mulheres.
Um dos destaques da conferência foi a presença do CRAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher), único na região da Zona da Mata. O centro oferece apoio psicológico, jurídico e social para mulheres vítimas de violência. A coordenadora Aline Bento explicou que o CRAM recebe mulheres por demanda espontânea e também em parceria com a Polícia Militar e a Guarda Municipal. Durante o mês de agosto, chamado de "Agosto Lilás", são realizadas ainda mais ações e palestras sobre o tema.
A deputada estadual Sibeli Moura também participou do evento, reforçando a importância da educação, saúde e geração de renda para libertar mulheres da violência. Já a vice-prefeita Samirre Ilusses destacou a emoção de ver tantas mulheres reunidas, lutando por seus direitos e ocupando os espaços que desejarem.
A primeira-dama e secretária de Assistência Social, Alane Menezes, explicou que a conferência surgiu a partir do olhar sensível da atual gestão, que tem como plano futuro criar a Secretaria da Mulher e fortalecer a rede de apoio feminina no município.
Para mulheres que sofrem violência, o CRAM oferece um canal de atendimento pelo WhatsApp (82) 9 1333-1461, onde não é necessário se identificar. O centro realiza visitas e inicia o acompanhamento completo com toda a equipe, para romper o ciclo da violência.
A conferência também aconteceu dias após o corpo de Vanúzia da Silva ter sido encontrado, vítima de feminicídio, o que reforça ainda mais a importância de denunciar e buscar ajuda. A violência contra a mulher não tem hora, idade ou classe social, por isso é preciso enfrentá-la todos os dias.