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Renan Filho defende veto de Lula à ampliação de vagas na Câmara e contraria bancada alagoana

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o veto ao projeto de lei que previa o aumento do número de deputados federais de 513 para 531. A decisão do presidente impacta diretamente o estado de Alagoas, que corre o risco de perder uma vaga na Câmara dos Deputados, o que pode refletir também na composição da Assembleia Legislativa do Estado.
Durante entrevista à CNN Brasil, concedida nesta quinta-feira (17), Renan Filho afirmou que, diante do cenário fiscal do país, o presidente não teve outra escolha a não ser vetar o projeto, que implicaria em aumento de despesas.
“O presidente acerta ao vetar. Diante das discussões que vêm sendo feitas sobre a situação fiscal do Brasil, não havia outra alternativa”, avaliou o ministro.
Apesar da repercussão do veto, Renan Filho acredita que uma eventual derrubada da decisão presidencial pelo Congresso Nacional não causaria desgaste na relação entre os poderes.
“Se o Congresso quiser derrubar o veto, como já aconteceu antes, isso não deve afetar a boa relação com o governo. O presidente Lula é um defensor do diálogo e da boa política. Mas era inviável para ele sancionar um projeto que geraria novas despesas enquanto tenta equilibrar as contas públicas”, acrescentou.
A posição do ministro contraria a bancada federal de Alagoas, que votou de forma unânime a favor da proposta que manteria as nove cadeiras do estado na Câmara. Entre os que apoiaram o projeto estão dois deputados do próprio MDB, partido ao qual Renan Filho é filiado.