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Quatro anos de silêncio: caso de estupro em Santana do Mundaú segue sem Justiça

Por Redação 03/07/2025 19h07
Quatro anos de silêncio: caso de estupro em Santana do Mundaú segue sem Justiça
Quatro anos de silêncio: caso de estupro em Santana do Mundaú segue sem Justiça - Foto: .

O tempo passa, mas a dor e a revolta continuam. Um crime bárbaro registrado em Santana do Mundaú, interior de Alagoas, segue sem desfecho após quatro anos e dois meses. O principal suspeito do estupro segue em liberdade, e a vítima, marcada pelo trauma, ainda espera por Justiça.


O caso aconteceu na madrugada do dia 3 de maio de 2021. De acordo com o relato da vítima, ela estava em casa, dormindo ao lado da filha de cinco anos, quando o agressor — seu ex-companheiro, natural de União dos Palmares — invadiu o imóvel. O homem teria pulado o muro, destelhado parte da casa e, armado com uma faca, forçado a mulher a manter relações sexuais sob ameaças de morte, tanto a ela quanto à criança.


A violência durou horas. A vítima conseguiu se livrar do agressor ao fingir que reataria o relacionamento e que precisava levar a filha ao médico. Foi então que pediu ajuda a amigos, que acionaram a Polícia Militar. A mulher passou por exames no Instituto Médico Legal e no Hospital da Mulher, que confirmaram o abuso sexual.


Testemunhas relataram o estado de choque da vítima e confirmaram o histórico de ciúmes e comportamento possessivo por parte do suspeito. Mesmo diante dos elementos apresentados, nenhuma ordem de prisão foi expedida. O investigado, segundo informações, está residindo em outro estado brasileiro, fora do alcance das autoridades locais.


O caso gera indignação entre moradores da cidade e familiares da vítima, que cobram respostas e apontam a morosidade da Justiça como um risco real para outras mulheres. Especialistas reforçam que a falta de medidas efetivas diante de casos de violência sexual alimenta o sentimento de impunidade e fragiliza o sistema de proteção às vítimas.


Enquanto o processo segue sem avanços, o medo e a sensação de injustiça permanecem.