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Major da PM morre em confronto com o Bope após fazer reféns e matar criança

Policial militar em surto psicótico invadiu casa da ex-companheira, matou dois, incluindo uma criança de 10 anos, e acabou morto durante intervenção

08/06/2025 08h08 - Atualizado em 08/06/2025 08h08
Major da PM morre em confronto com o Bope após fazer reféns e matar criança
Major Pedro Silva - Foto: Reprodução

Uma noite de horror chocou os moradores da Rua Manaus, no bairro do Prado, em Maceió, neste sábado (7). O major da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), Pedro Silva, morreu após confronto com agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), durante uma grave ocorrência de tomada de reféns. Segundo as autoridades, o militar, que estava em surto psicótico, invadiu a residência da ex-companheira e manteve cinco pessoas sob ameaça.

De acordo com o secretário executivo da Segurança Pública de Alagoas, coronel Patrick, o desfecho foi trágico: além do próprio major, foram encontrados mortos uma mulher e uma criança de apenas 10 anos, cuja morte, segundo ele, apresenta sinais de extrema violência. "A cena do crime é aterradora. Há armas, facas, sangue por todo lado. A criança aparenta ter sido mutilada. É, infelizmente, uma verdadeira carnificina", relatou o secretário.

A PM foi acionada por volta das 17h20 para atender um suposto homicídio. Ao chegarem ao local, os primeiros policiais constataram a gravidade da situação e acionaram o Bope, que enviou uma equipe com negociadores. Durante a operação, três reféns foram resgatados com vida: duas mulheres e uma criança de dois anos.

"Conseguimos preservar três vidas, mas infelizmente duas não resistiram. A investigação agora ficará a cargo da Polícia Civil e da Perícia Oficial",
afirmou o coronel Patrick.

Ainda segundo o secretário, o major Pedro Silva estava detido na Academia da Polícia Militar por envolvimento em um caso de violência doméstica. Ele teria fugido da unidade e, segundo testemunhas, invadiu a casa da ex-companheira movido por um desejo de vingança.

“Vamos apurar como ele conseguiu sair do quartel e executar esse ato bárbaro. É algo que precisa ser esclarecido com rigor”,
acrescentou o secretário.

O caso levanta novamente o debate sobre o controle emocional e psicológico de agentes da segurança pública, além da segurança nas instituições militares. A comoção e revolta entre vizinhos e familiares foi evidente, diante da brutalidade da ação.

A investigação está em curso e deverá detalhar as circunstâncias da fuga do militar, as motivações do crime e a atuação dos órgãos responsáveis pela sua custódia.