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MDB de Alagoas aposta em mulheres para fortalecer chapa de federal em 2026

Com foco na cota de gênero, partido articula candidaturas de Silvânia Barbosa, Tereza Nelma e tenta atrair a jornalista Tainá Falcão para ampliar desempenho eleitoral

23/05/2025 19h07 - Atualizado em 23/05/2025 19h07
MDB de Alagoas aposta em mulheres para fortalecer chapa de federal em 2026
. - Foto: Reprodução

O MDB de Alagoas, sob a liderança do senador Renan Calheiros e do deputado federal Isnaldo Bulhões Júnior, já começou a articular sua chapa para a eleição de deputado federal em 2026, com foco estratégico na ampliação da participação feminina. O partido quer melhorar o desempenho de 2022, quando elegeu dois deputados — Isnaldo e Renan Filho — com um total de 260.713 votos.

Na avaliação da direção partidária, o resultado poderia ter sido ainda mais expressivo se houvesse candidatas com maior densidade eleitoral na cota de gênero. Em 2022, a vereadora Silvânia Barbosa foi a mulher mais votada do MDB, com 14,2 mil votos. No total, as mulheres da legenda somaram pouco mais de 18 mil votos — cerca de 7% do total da chapa —, o que foi fundamental para conquistar as duas vagas.

Agora, o partido quer reforçar essa presença. A prioridade é convencer Silvânia Barbosa a disputar novamente, apostando que ela terá um desempenho ainda melhor. Outro nome confirmado é o da ex-deputada federal Tereza Nelma, que obteve mais de 25 mil votos na última eleição.

Além disso, o MDB busca uma novidade: a jornalista Tainá Falcão, âncora da CNN, é cortejada para compor a chapa. A expectativa é que, com uma participação feminina mais forte, o partido consiga não apenas ampliar a votação, mas também conquistar entre três e quatro cadeiras na Câmara Federal.

O movimento do MDB chama atenção de outros partidos, que também devem repensar suas estratégias para a cota de gênero. Em 2022, o PP elegeu quatro deputados federais em Alagoas, mas teve desempenho fraco entre as mulheres: suas três candidatas somaram apenas 8,5 mil votos — o equivalente a 1,57% dos 546 mil votos da chapa. O União Brasil, com uma vaga conquistada, também teve desempenho discreto: quatro candidatas somaram 4.036 votos, ou 2,36% dos 171 mil votos da legenda.

Já a Federação Brasil foi a que apresentou melhor resultado proporcionalmente: suas quatro candidatas alcançaram juntas 25.453 votos, representando 10,8% dos 234 mil votos totais da chapa.

Com o novo cenário, a participação feminina deve ser um dos pontos-chave nas estratégias eleitorais para 2026 em Alagoas.


Fonte: Blog de Edivaldo Júnior