Notícias

Trote da Marinha Brasileira: Manta, mordida na bunda ou cuspida no ânus

Por METRÓPOLES 22/05/2025 09h09 - Atualizado em 22/05/2025 09h09
Trote da Marinha Brasileira: Manta, mordida na bunda ou cuspida no ânus
Trote da MARINHA - Foto: Reprodução

Imagens obtidas pelo portal Metrópoles revelam práticas violentas e humilhantes que ocorrem no Comando do 8º Distrito Naval da Marinha do Brasil, em São Paulo. Os vídeos mostram recrutas sendo submetidos a agressões físicas e constrangimentos como parte de um suposto "ritual de iniciação" tradicional entre os novatos que estão prestes a concluir o curso de formação de marinheiro.


De acordo com os registros, os recrutas são forçados a escolher entre duas práticas: a chamada “manta” ou a “mordida”. No primeiro caso, o jovem cobre a cabeça com um cobertor enquanto é agredido com chutes, socos, cintos e até cabos de vassoura pelos colegas mais antigos. Alguns dos agredidos chegam a cair no chão diante da violência.


Na chamada “mordida”, os recrutas são obrigados a deitar-se de bruços em um colchão, com as calças abaixadas, enquanto outros militares mordem suas nádegas. Em alguns momentos, é possível ouvir gritos de dor. Há relatos também de falas de teor sexual e até racistas. Em uma das cenas, um recruta negro é constrangido com a frase: “Você é preto, tem que aguentar”.


Segundo informações obtidas pelo Metrópoles, um dos jovens agredidos seria autista e precisou se afastar do convívio com os demais militares após o episódio. Fontes afirmam que tais práticas são de conhecimento generalizado dentro da Marinha. “De marinheiro até almirante, todos sabem o que acontece”, revelou um dos denunciantes sob anonimato, destacando ainda que situações semelhantes ocorrem em embarcações, com conotação sexual ainda mais explícita.


Em resposta à divulgação das imagens, o Comando do 8º Distrito Naval informou que instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar os fatos. Em nota oficial, a Marinha do Brasil repudiou as práticas registradas e afirmou que não compactua com condutas que atentem contra a dignidade ou a integridade de seus integrantes.


O caso segue em investigação.