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Cardiologista do Hospital do Coração Alagoano orienta sobre os riscos do consumo exagerado de bebidas energéticas
Segundo Pedro Albuquerque, o consumo combinado com álcool pode ocasionar problemas cardíacos graves como arritmia

O consumo exagerado de bebidas
energéticas ou combinadas com bebidas alcoólicas pode ocasionar graves
problemas cardíacos. Esse é um alerta do cardiologista Pedro Albuquerque, que
atua no Hospital do Coração Alagoano, localizado no bairro Cidade Universitária,
em Maceió, e vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
O alerta do cardiologista se baseia em
uma pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de
Bebidas Não Alcoólicas (ABIR). Segundo o estudo, a produção de bebidas energéticas
no Brasil aumentou de 63 milhões de litros para 151 milhões de litros
entre os anos de 2010 a 2020.
Com o aumento no consumo pela
população, aumentaram também os riscos que essas bebidas podem causar no
organismo, conforme ressalta Pedro Albuquerque. “Apesar da sensação
de bem-estar e de euforia, por conta das substâncias cafeína, taurina e
arginina, os energéticos, quando consumidos em excesso e, principalmente, junto
de bebidas alcoólicas, estimulam o sistema cardiovascular, podendo levar a uma arritmia
e a um pico hipertensivo”, explica o cardiologista.
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Exemplo
O ator carioca Rafael Zulu, de 42 anos,
foi um desses casos e fez um alerta sobre essa situação no programa “Sem
Censura” da TV Brasil, emissora pública do Governo Federal. Durante a
entrevista, o artista disse que bebeu cerca de 2,5 litros de bebidas energéticas
enquanto estava em casa e, com isso, começou a sentir taquicardia,
caracterizada pelo aumento na frequência cardíaca.
“Eu sempre bebi pouco energético, mas
nesse dia passei do ponto. Misturei com álcool e bebi umas seis latas. Comecei
a ter taquicardia e fui ao hospital. Meu coração estava batendo fora do
compasso. A médica disse que era fibrilação atrial e que eu precisava ser
internado imediatamente”, relatou o ator.
O médico Pedro Albuquerque explica que
esse possível efeito colateral sofrido pelo artista não é tão raro como se acha
e orienta que é recomendado evitar o excesso e a combinação com bebidas
alcoólicas. Já para pacientes que têm doenças cardiovasculares, é importante
que eles procurem o cardiologista para verificarem se podem consumir o
energético.