O ex-presidente Fernando Collor de Mello, de 75 anos, cumprirá pena em prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A medida foi autorizada por razões humanitárias, com base em laudos médicos que apontam problemas de saúde como Parkinson, apneia do sono grave e transtorno bipolar. A Procuradoria-Geral da República também foi favorável à decisão.

Collor vai cumprir a pena em sua cobertura de 600 m² na orla de Ponta Verde, em Maceió, avaliada em R$ 9 milhões. Apesar de ter declarado o imóvel por R$ 1,8 milhão em 2018, ele não o incluiu na relação de bens de 2022. A propriedade já foi alvo de penhora judicial para quitar uma dívida trabalhista.

Condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em esquema ligado à BR Distribuidora, Collor terá que usar tornozeleira eletrônica, entregar o passaporte e só poderá receber visitas autorizadas, como familiares e advogados. O início da pena foi determinado após a rejeição de recurso considerado protelatório pelo STF.