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Polícia Civil prende suspeitos e caminha para solucionar o crime, confira as informações completas do caso até agora

A polícia civil cederá uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (28) para trazer os detalhes finais do caso.

Por Redação 28/01/2025 08h08 - Atualizado em 28/01/2025 09h09
Polícia Civil prende suspeitos e caminha para solucionar o crime, confira as informações completas do caso até agora
Ana Cecília, de 9 anos - Foto: Arquivo Pessoal

Na noite desta segunda-feira (27), a Polícia Civil de Alagoas prendeu os dois suspeitos de assassinarem a menina de 9 anos que estava desaparecida em Branquinha, Anna Cecillya dos Santos Silva. O novo namorado da tia da vítima e um vizinho, de 17 anos, foram transferidos para Maceió e seguem sob custódia.

De acordo com a polícia, o adolescente que morava próximo à menina teria sido o delator do caso. Ao confessar os crimes de abuso e assassinato, o menor também apontou o namorado da tia da vítima como o principal autor do caso. Victor Emanuel de Souza, de 28 anos, é do Goias e estava há cerca de 15 dias morando na casa da avó de Cecillya, ele havia conhecido a nova namorada pelas redes sociais e viajou até o município de Branquinha para conhecer ela e a família.

A menina havia desaparecido desde a última terça-feira (21), após sair na rua para brincar sob permissão da mãe, no entanto, naquele dia foi impossibilitada de retornar. Câmeras de segurança do local puderam flagrar Anna Cecillya antes de desaparecer sem rastros e explicações. A partir daí, mãe e família iniciaram o período de buscas e nem imaginavam que os responsáveis estariam tão perto, um deles dentro da casa da avó da vítima.

A mãe, Juliana Santos, cedeu entrevistas à imprensa no momento da prisão dos acusados e sobre eles, afirmou: “Eles demonstraram frieza, sem a gente imaginar que tinha sido eles. Eles vendo o nosso sofrimento, vendo eu chorando, no desespero, vendo o aperreio, sem saber onde estava a criança”

A dupla, que inicialmente fora conduzida à CISP de Murici, teve de ser remanejada para a capital alagoana, uma vez que a unidade ficou rodeada pela população que pedia por justiça com as próprias mãos. Em Maceió, Victor foi encaminhado à Central de Flagrantes e o adolescente, por não ter completado a maioridade ainda, foi levado à unidade de internação.

Investigação

Segundo informações da polícia científica, o corpo da vítima já se encontra no Instituto Médico Legal (IML) e deve passar pelo processo de identificação por meio de exame de DNA, em decorrência do avançado estado de decomposição que inviabiliza a realização de exames como a necropapiloscopia ou odontolegal.

A perita médica legista responsável por realizar o exame cadavérico revelou que a criança apresentava lesões com sinais de violência física e que foram coletadas amostras biológicas para verificação da possibilidade de violência sexual, ainda que esta tenha sido afirmada por um dos suspeitos.

Segundo a perita criminal Jana Kelly, do Instituto de Criminalística de Maceió, o corpo foi encontrado em uma área de difícil acesso, em um córrego de aproximadamente 60 cm de profundidade e 60 cm de largura, coberto por vegetação densa.

Segundo relatos, a vítima estava vestida, com as mesmas roupas com que foi vista pela última vez, antes de desaparecer.

A Polícia Civil de Alagoas deve ceder uma entrevista coletiva ainda na manhã desta terça-feira (28) buscando elucidar por completo o caso à imprensa, fornecendo informações cruciais como a motivação e detalhes da investigação.