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Mãe de criança autista denuncia situação em Shopping de Maceió
"Não é o autista que tem que se adaptar à sociedade, é a sociedade que tem que se adaptar ao autista", frisou em vídeo.

Laura Lima, mãe de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de 4 anos, contou em vídeo que levou seu filho a um Shopping da parte alta de Maceió, para comemorar seu aniversário na última segunda (08).
Segundo a mãe, ela teria levado a criança em uma loja de brinquedos com tempo estabelecido de 30 minutos para a criança, mas esclareceu que ele poderia apresentar relutância para sair, podendo demorar alguns minutos a mais lá dentro.
Como muitos autistas apresentam dificuldade no processo de socialização, ela conta que seu filho também possui condições para que se sinta à vontade em ambientes públicos e que, por isso, há a necessidade de que ela ou o pai da criança participem nesses momentos de integração. Porém, Laura conta que, passado um certo tempo, seu marido foi impedido de brincar com o filho dentro do brinquedo.
Segundo o relato, o pai do menino teria o ajudado a se adaptar ao brinquedo, interagindo com ele durante os 30 minutos estabelecidos para que a criança pudesse se sentir segura. Com o passar do tempo, outras funcionárias foram chegando ao local alegando que ele não poderia estar dentro do brinquedo, pois a entrada não era liberada para adultos.
As funcionárias informaram que precisavam interferir, pois a dona do local não permitia e monitorava tudo pelas câmeras.
A mãe afirma que seu filho recebeu o benefício da meia-entrada por ser autista, mas que, em termos de inclusão, não houve a compreensão do estabelecimento para com as necessidades da criança.
"Não é o autista que tem que se adaptar à sociedade, é a sociedade que tem que se adaptar ao autista", frisou em vídeo.