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Acusado de matar a ex-mulher com 32 facadas em Maceió é condenado a 37 anos de prisão

Arnobio Cavalcante não aceitava o fim do relacionamento com Joana Mendes. Além disso, ele terá que pagar R$ 150 mil em indenização à família de Joana Mendes.

Por g1 AL 02/04/2024 11h11
Acusado de matar a ex-mulher com 32 facadas em Maceió é condenado a 37 anos de prisão
Arnobio Cavalcante foi condenado a 37 anos de prisão pela morte de Joana Mendes - Foto: Ascom/MP

Foi condenado a 37 anos de prisão e dois meses o homem que confessou ter matado a ex-mulher com 32 facadas dentro de um carro no bairro do Poço, em Maceió. Além disso, Arnóbio Cavalcante terá que pagar R$ 150 mil em indenização à família de Joana Mendes. A pena deve ser cumprida em regime fechado. Cabe recurso da decisão.

O crime ocorreu em 2016 e o réu, que confessou o crime, foi preso. O julgamento, que começou na segunda-feira (1º), foi conduzido pelo juiz Yulli Rotter. A sentença foi lida na madrugada desta terça-feira (2).

Durante o júri, o réu permaneceu em silêncio e se negou a responder as perguntas do juiz e da promotoria. Ele chegou a dizer que dispensaria o seu advogado, mas quando o juiz disse que chamaria um defensor público para dar continuidade ao julgamento, ele voltou atrás e o julgamento seguiu normalmente.

O julgamento chegou a ser adiado duas vezes em datas anteriores. Durante o júri, a promotoria chegou a citar fraude processual, alegando que Arnobio incluiu um laudo psiquiátrico falso.

Foram ouvidas, na presença dos jurados, as testemunhas de acusação: o tio do réu, Hudson Cavalcante, a irmã de Joana Mendes, Júlia Mendes, e mais três pessoas. As testemunhas de defesa foram dispensadas.

"O primeiro relatório nós desconfiamos, então pedimos imagens para a Seris no dia em que o réu supostamente recebeu a visita de um psiquiatra. A resposta da Seris é que no dia e horário citado o psiquiatra não esteve lá. O segundo relatório, de 2023, foi uma data que jamais poderia ser verdadeira, uma vez que o acusado já gozava de liberdade após um habeas corpus expedido pelo STJ", disse o promotor.

Família comemorou a condenação do acusado

A família de Joana Mendes chegou ao tribunal com a esperança que o réu fosse condenado com tonas as atenuantes do crime de feminicídio.

"Ele deu 32 facadas na minha irmã, ela não teve chance de defesa. Depois ele abandonou ela sozinha e ela sangrou até a morte. Que ele pague pelo mal que fez com a minha irmã e contra a minha família", afirma Julia Mendes.

Arnóbio Cavalcante foi preso após se apresentar na delegacia de Atalaia, interior do estado, devido ao mandado judicial que tinha contra ele.

"A relação entre eles sempre foi abusiva. Era ela violento, ele conseguiu tirar a minha irmã do convívio social, dos amigos, da atividade física e do seio familiar. Até hoje sofremos com essa perda", disse Julia.