Durante audiência, uma mulher presa em União dos Palmares, acusada de matar o amante, solicitou a revogação de sua prisão preventiva sob a alegação de que estaria amamentando. No entanto, o pedido foi contrariado pelo próprio Ministério Público de Alagoas (MPAL) que compreendeu que a solicitação não apresenta circunstâncias concretas que evidenciassem a necessidade de tal decisão.

Ainda assim, contrariando o próprio Ministério Público do Estado, o juíz responsável acatou a solicitação e concedeu à ré o direito à prisão domiciliar. A decisão levou em consideração o fato de que a mulher é lactante e mãe de duas crianças de menos de 12 anos, uma delas recém-nascida.

Nos argumentos do MP, as ações cometidas pela suspeita demonstram total desprezo da parte dela à família da vítima, bem como à vida humana. O órgão apontou que, neste caso, a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar não deveria ser aplicável devido ao nível de violência no crime cometido pela mulher.

Sobre o crime

A suspeita teria cometido o crime no dia 17 de janeiro de 2021, onde sob o porte de arma de fogo ela teria atirado na vítima enquanto o mesmo dormia. A motivação do crime, segundo informações, seria vingança, pois o homem teria se recusado a divorciar-se da esposa, com quem possuía cinco filhos, para firmar compromisso com a criminosa. Após o crime, a mulher teria confessado tudo via redes sociais com publicações desdenhosas no Facebook.

A mulher agora responderá por homicídio qualificado e cumprirá pena em prisão domiciliar.